o cinismo da História
Essa semana li no Yahoo que um historiador inglês acusou os Beatles e o Stones de serem “cínicos capitalistas”. Disse que eles não estavam interessados em ser porta vozes de uma geração e só queriam vender discos. Resumido: não foram heróis da contracultura, mas exploraram cinicamente a cultura jovem dos anos 1960 com fins exclusivamente lucrativos.
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Li com calma o texto encontrado, e fiquei me perguntando: mas foram eles que se auto-proclamaram heróis ou fomos nós que os elegemos? Qual o problema quando músicos querem vender seus discos? Qual o problema?
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Curiosamente discutimos na aula sobre os Beatles, a Britnei Spirs (é assim que escreve? não faço questão de saber!) mídia, memória do presente e o sentido da perspectivas na sobremodernidade (palavra nova que aprendi, gostei!). Sob certo aspecto, dizia uma colega, a Britnei fez mais sucesso que os Beatles, mas um sucesso despropositado e efêmero, que se dissipa na mesma medida em que passam os segundos midiáticos. Já os Beatles servem, ainda, como referência para a nossa geração (mesmo que na década de 60, nem sequer tenhamos nascido).
Curiosamente discutimos na aula sobre os Beatles, a Britnei Spirs (é assim que escreve? não faço questão de saber!) mídia, memória do presente e o sentido da perspectivas na sobremodernidade (palavra nova que aprendi, gostei!). Sob certo aspecto, dizia uma colega, a Britnei fez mais sucesso que os Beatles, mas um sucesso despropositado e efêmero, que se dissipa na mesma medida em que passam os segundos midiáticos. Já os Beatles servem, ainda, como referência para a nossa geração (mesmo que na década de 60, nem sequer tenhamos nascido).
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Mas até quando? Até quando conservaremos este senso de perspectiva, essa capacidade de olhar para trás e estabelecer pontes entre o passado (distante ou não) e o presente? De olhar ao redor e perceber que todo fenômeno cultural se estrutura de modo dialético e, portanto, dinâmico e mutante. Compreendê-los (se é que isso é possível) exige perceber cada evento mergulhado em seu contexto sócio-histórico, o que é cada vez mais difícil num mundo cujo volume de informações disponibilizadas constitui um tipo de memória on time, sem rastros.
Sim, parece que sou uma pessimista, mas isso não é verdade!
Mas até quando? Até quando conservaremos este senso de perspectiva, essa capacidade de olhar para trás e estabelecer pontes entre o passado (distante ou não) e o presente? De olhar ao redor e perceber que todo fenômeno cultural se estrutura de modo dialético e, portanto, dinâmico e mutante. Compreendê-los (se é que isso é possível) exige perceber cada evento mergulhado em seu contexto sócio-histórico, o que é cada vez mais difícil num mundo cujo volume de informações disponibilizadas constitui um tipo de memória on time, sem rastros.
Sim, parece que sou uma pessimista, mas isso não é verdade!
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