Diálogos X



Acredito que nossas bravatas, nossas crenças e, consequentemente, quem somos é uma coleção de sentidos construídos e compartilhados ao longo da trajetória que percorrermos.  Por isso, só posso falar do Mundo da Leitura com afeto. Nossa história (a minha, a do Centro e a do grupo com quem trabalhei) é feita de atravessamentos, de trocas, de sentidos comungados. 

Lembro, com a nostalgia guardada para todas as boas experiências, de fazer parte de uma pequena equipe de pessoas, generosas e comprometidas, guiadas por uma mulher à frente de seu tempo, cuja fé na arte, na educação e, sobretudo na leitura, nos mobilizava. Não apenas na leitura do texto literário, mas dos múltiplos documentos, em diferentes linguagens, que circulam pelo cenário social. Um mulher obstinada pela leitura do mundo, que em última análise pode transformá-lo. 

Como disse, certa vez, Bartolomeu Campos Queirós: 

“Quem sabe assim ler, eu pensava, não carrega medo em suas andanças. Quem decifra o livro da natureza ganha de todos em coragem. E o menino, por assim bem ler, tinha a escrita na ponta dos dedos: pescava, remava, tecia, colhia, plantava e amava”. 

Tenho orgulho de ter feito parte deste projeto e me encho de felicidade ao saber que ele já está fazendo 15 anos!

Postagens mais recentes Postagens mais antigas Página inicial
    ****

    "ao reescrever o que dissemos, protegemo-nos, vigiamo-nos, riscamos as nossas parvoíces, as nossas suficiências (ou insuficiências), as hesitações, as ignorâncias, as complacências; [...] a palavra é perigosa porque é imediata e não volta atrás; já a scriptação tem tempo à sua frente, tem esse tempo próprio que é necessário para a língua dar sete voltas na boca; ao escrever o que dissemos perdemos (ou guardamos) tudo o que separa a histeria da paranóia" (BARTHES, 1981, p.10).

    ****

quem é a garota da vitrine?

Minha foto
Sou formada em Radialismo e Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e desde 2004 atuo como professora dos cursos de Comunicação Social na mesma instituição. Ainda na UPF, fiz especialização em Leitura e Animação Cultural, e recentemente concluí o doutorado pela PUCRS. Sempre trabalhei com o universo radiofônico, pelo qual sou apaixonada. Gosto particularmente das suas aproximações com a arte. Minhas últimas descobertas de pesquisa rondam em torno da produção de sentido (em nível verbal e não-verbal) sob a perspectiva semiológica.

****

pelo caminho...

pelo caminho...
lendo... só lendo e imaginando uma história da nossa suposta história...

O museu é virar a gente de ponta cabeça. Tem versão digital ao clicar na imagem.

da era do pós-humano.

de Brenda Rickman Vantrease, sobre os poderes que se interdizem desde o início dos tempos.

****

o que são scriptografias e outras escrivinhações?

O título deste blog foi inspirado nas observações feitas por Roland Barthes a cerca do processo de produção e significação dos textos que circulam pela prática social. Ele fala em scriptação, escrita, escritor e escrevente. No entanto, o nome scriptografias e outras escrivinhações, não passa de uma "licença" poética, por assim dizer, com o objetivo de nominar um espaço de livre expressão, em formatos e temas que fazem parte do meu cotidiano, assim como do cotidiano de quem por aqui passar.
    hola !



    Seguidores


Recent Comments