da necessidade de falar sobre coisas importantes

Quinta-feira, dia 07 de agosto de 2009.
Postado por Bibiana de Paula Friderichs às 15:21.

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Toda vez que vou escrever para o meu blog, fico pensando em assuntos supostamente relevantes (ou seria melhor dizer politicamente corretos?!) sobre os quais deveria (será?!) refletir e escrever, como por exemplo as questões referentes o surto da gripe A (não acho exagero tomar cuidado!), e a cobertura da imprensa, ou a briga entre os senadores e o Sarney, ou a investigação contra a governadora do estado, ou a fusão de grandes empresas no universo digital ou... blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá.
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Mas o que fazer se não tenho vontade nenhuma de falar sobre essas coisas?

Quero falar de amenidades (mesmo que muita gente ache que isso não tem nada a ver comigo). Quero falar sobre o ótimo livro que estou lendo agora (Travessuras de menina má, de Mário Vargas Llosa), sobre a minha impaciência com as coisas do doutorado, sobre a preguiça que tenho em preparar meu cronograma para este semestre, sobre a saudade que sinto da minha Rata do Banhado (afilhada), sobre a Skamaleões (banda de ska/hardcore do Diego), sobre o apartamento que estamos querendo comprar, sobre a infinita importância de ganhar colo dos meus pais de vez enquando... enfim, sobre as coisas que mobilizam o meu dia-a-dia.

Acho que é porque às vezes fico sem paciência para a esfera pública. Ou porque de tempos em tempos fico um pouco egoístas e alienada. Ou porque as notícias DO jornal parecem apenas notícias DE jornal, sem conexão imediata com vida dos leitores. Ou porque às vezes, fazem um jornalismo roto e as conexões se perdem em meio ao formalismo... ah, mas também não quero falar disso, pura teoria ... risos
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Bom dia de chuva para vcs !

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3 comentários:

Anônimo disse...

e eu ?? onde fico nessa história??

Anônimo disse...

Good dispatch and this enter helped me alot in my college assignement. Thanks you as your information.

mauricio disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
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    "ao reescrever o que dissemos, protegemo-nos, vigiamo-nos, riscamos as nossas parvoíces, as nossas suficiências (ou insuficiências), as hesitações, as ignorâncias, as complacências; [...] a palavra é perigosa porque é imediata e não volta atrás; já a scriptação tem tempo à sua frente, tem esse tempo próprio que é necessário para a língua dar sete voltas na boca; ao escrever o que dissemos perdemos (ou guardamos) tudo o que separa a histeria da paranóia" (BARTHES, 1981, p.10).

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quem é a garota da vitrine?

Minha foto
Sou formada em Radialismo e Jornalismo pela Universidade de Passo Fundo e desde 2004 atuo como professora dos cursos de Comunicação Social na mesma instituição. Ainda na UPF, fiz especialização em Leitura e Animação Cultural, e recentemente concluí o doutorado pela PUCRS. Sempre trabalhei com o universo radiofônico, pelo qual sou apaixonada. Gosto particularmente das suas aproximações com a arte. Minhas últimas descobertas de pesquisa rondam em torno da produção de sentido (em nível verbal e não-verbal) sob a perspectiva semiológica.

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pelo caminho...

pelo caminho...
lendo... só lendo e imaginando uma história da nossa suposta história...

O museu é virar a gente de ponta cabeça. Tem versão digital ao clicar na imagem.

da era do pós-humano.

de Brenda Rickman Vantrease, sobre os poderes que se interdizem desde o início dos tempos.

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o que são scriptografias e outras escrivinhações?

O título deste blog foi inspirado nas observações feitas por Roland Barthes a cerca do processo de produção e significação dos textos que circulam pela prática social. Ele fala em scriptação, escrita, escritor e escrevente. No entanto, o nome scriptografias e outras escrivinhações, não passa de uma "licença" poética, por assim dizer, com o objetivo de nominar um espaço de livre expressão, em formatos e temas que fazem parte do meu cotidiano, assim como do cotidiano de quem por aqui passar.
    hola !



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