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Passo Fundo, 20 de setembro de 2011.

Certa vez li em Barthes que todo o texto nos arrasta por seu tecido. Aliás, o autor defende que existem três vias através das quais um texto pode capturar o leitor: 1) por meio da relação fetichista que ele estabelece com as palavras, as imagens, os enquadramentos, ou melhor, o prazer de descobrir aquele conjunto de frases, de cenas, de seqüências; 2) o poder de suspense da narrativa, que ao mesmo tempo em que acontece também termina-se, pouco a pouco, diante de nós; e 3) o desejo da escrita, “o desejo que o escritor teve de escrever: desejamos o desejo que o autor teve do leitor enquanto escrevia, desejamos o ame-me que está em toda escritura” (pg.50).
Assim, seguimos lendo, ora motivados pela ânsia de nos reencontrar no texto, ora pelos abalos que ele pode nos causar, e ora pela fruição de uma nova escrita, em particular se ela for parte de um discurso de rupturas, que se desenrola margeando a linguagem.
Atenta ao meu velho guia, observo que tenho lido muito, mas talvez não esteja lendo o suficiente, ou os textos certos, ou os lendo direito (existe isso?). O fato é que não tenho vontades de escrivinhações. O que será que há?
2 comentários:
Será uma síndrome pós doutorado???!! hehehehe!! ;)
isso é super possível!!! hehehe
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